É na solidão, estado que anda de braços dados com a liberdade, que nossas potencialidades se afloram e que amplifica nossa personalidade, a nossa forma de enxergar e estar no mundo. Essa composição, escrita para flauta, clarone e vibrafone, é inspirada pela percepção e leitura de mundo de Roland Barthes (1915-1980), afinal ¨a vida é assim, feita a golpes de pequenas solidões¨. Nela, os três instrumentos ora são apresentados só, introspectivos e reflexivos, cada um com sua essência e discurso, ora tocando em conjunto, dialogando, (con)vivendo, (co)existindo, (co)habitando, construindo, afetando e sendo afetado pelo outro. Solidões… solidão… só… ou como preferia Guimarães Rosa, Solistência, a solidão da existência de tudo que está vivo.
Essa gravação foi realizada pelos músicos:
Flauta: Maria Carolina Cavalcanti
Clarone: Paulo Passos
Vibrafone : Joaquim “Zito” Abreu