No Bosque dos Espelhos

A música, composta para piano em dois movimentos, convida o ouvinte a um passeio, mais que isso, uma exploração, nas veredas e nos labirintos do seu próprio ser. Uma verdadeira egotrip. E é dentro desse bosque que se esconde vários mistérios, perigos, desafios, segredos, nossas expectativas mais íntimas, experiências e os conhecimentos mais profundos. É no bosque dos espelhos que nos colocamos em contato com o mundo interior, onde Narciso se auto-contemplava ou onde Alice, através da pena de Lewis Carroll, se questionava: “Este deve ser o bosque”, disse pensativamente, “em que as coisas não têm nomes. O que será que vai ser do meu nome quando eu entrar nele?”

A gravação aqui disponível foi realizada pelo pianista Ronal Silveira.